O TELETROFONE de Meuci pai do telefone de Bell

18 de OUTUBRO

Ali já, em Alijó, nasceu, em 1517, o escritor jesuíta português, padre Manuel da Nóbrega, que fez parte da sua vida no Brasil. E em 1739 morreu outro escritor, António José da Silva, mais conhecido por “o Judeu” que foi o impulsionador das primeiras óperas em português e nos deixou as populares ”Guerras de Alecrim e Manjerona” e que aos 34 anos foi executado pela “Santa” Inquisição. E há outro  português bem conhecido executado por traição à pátria, por, durante a presença do Rei D. João VI no Brasil, se ter oposto à influência prepotente dos ingleses que nos tinham ajudado a escorraçar os napoleónicos invasores mas que agora dominavam os nossos regentes. Foi um militar com um percurso irreverente, que combateu em quase todos os conflitos da Europa e que foi oficial do nosso exército e da nossa armada e que acabou enforcado quando já era General: Gomes Freire de Andrade. 

Em 1867 a Rússia anuncia que os EUA eram os novos donos do Alasca. 

Agora a morte de dois inventores: do primeiro assinala-se a invenção da primeira máquina de calcular automática. Morreu em 1871 o seu criador Charles Babbage. O segundo foi, para muitos, um desconhecido cujo invento foi “roubado” e só no século XXI foi feita a rectificação pelo Congresso norte-americano. Um italiano, que morreu neste dia de 1889, nos EUA, de seu nome António Meuci, natural de Florença, que se  envolveu na causa de Garibaldi que levou à unificação da Itália e por isso exilou-se em Cuba e depois instalou-se nos EUA, onde mais tarde acolheu o próprio Garibaldi quanto este teve também de se exilar. Nos EUA Meuci criou um número elevado de inventos mas nem sempre havia dinheiro para registar as patentes. Assim, e dado que a sua casa tinha dois pisos e a sua esposa sofria de reumatismo o Meuci inventou um aparelho para comunicar ao qual deu o nome de “teletrofone” e só conseguiu a reserva de patente por falta de dinheiro para a patente. Apresentou o invento à companhia de telégrafos “Western Union” que o rejeitou como sem interesse. Passados anos o escocês Alexander Graham Bell que trabalhou com ele no laboratório registou a patente como sua e com o nome de “telefone” e foi apresentá-la a quem? À “Western Union” que lhe pagou uma boa maquia. Meuci pôs Bell em tribunal mas como morreu o processo foi arquivado e o inventor do telefone ficou a ser Bell.  

Em 1893 morria o compositor francês das óperas “Fausto” e “Romeu e Julieta” e de uma das mais bonitas “Avé Maria”, o Charles Gounod. E uma das consequências da “Implantação da República” foi que logo duas semanas depois foi abolida a nobreza e todos os títulos nobiliárquicos. O fundador do “ensino para cegos” foi Branco Rodrigues que morreu em 1926. 

Na área da arte dois nascimentos que assinalo: em 1925 a actriz e cantora Melina Mercury que acabou como Ministra da Cultura dum governo grego, e em 1926 o grande pioneiro do rock o compositor e cantor Chuck Berry. Toda a gente conhece os inventos de Thomas Edison que faleceu em 1931. 

Em 1936 começa outra fase de sofrimento de alguns opositores ao Estado Novo com a partida do paquete “Luanda” de Lisboa com destino ao campo de concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago em Cabo Verde. Em 1941 morria em Bougie, na Argélia, o antigo escritor, diplomata e Presidente da República, Manuel Teixeira Gomes, autor de “Sabina Freire” e “Novelas Eróticas”. E na vizinha Espanha morreu em 1955 o seu filósofo mais saliente, José Ortega Y Gasset, autor da “Rebelião de Massas”. E duas novidades apareceram neste dia, uma delas corria o ano de 1954 transformou as horas de lazer de muita gente: a Texas Instruments anunciou o “rádio transistorizado” e a outra novidade é também da área do lazer mas não é o “ouvido” mas sim a “vista” o sentido usado: foi inaugurado em 1997 em Bilbao o Museu Guggenheim. E como hoje não trago nenhum Nobel, trago de 2002 o Prémio Leopold Senghor  que foi atribuído ao poeta português Casimiro de Brito e o Prémio Fernando Namora de 2004 foi parar às mãos de António Lobo Antunes pela obra “Boa tarde às Coisas Aqui em Baixo”. Mais notícias só no Telejornal que teve a sua primeira emissão em 1959 e foi lido por Mário Pires, jornalista do Diário de Notícias.

Leave a comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *