SEARA NOVA – Uma pedrada no charco

15 de OUTUBRO

DIA INTERNACIONAL da MULHER RURAL 

E pensando na mulher rural lembrei-me do livro “Seara de Vento”, cujo autor o alentejano Manuel da Fonseca nasceu neste dia de 1911 e, em 1922, nasceu uma escritora duriense, de alta referência na nossa literatura contemporânea, Agustina Bessa Luís que nos deixou obras como “A Corte do Norte”, Fanny Owen” “Vale Abraão” entre outros, sendo que daqueles três mencionados saíram argumentos para filmes de Manoel Oliveira que, juntamente com Maria João Pires, pianista, foi condecorado neste dia de 2008, pelo Reis de Espanha, com a Medalha de Ouro das Belas Artes.

Nem sempre que lemos a palavra “bar” devemos pensar em beber, porque essa palavra tem o sentido de botequim mas também é o nome da medida de pressão atmosférica e, para a medir é preciso um barómetro que foi o invento do italiano Evangelista Torricelli nascido em 1608. Quem veio filosofar para este mundo no fim do século XIX foi o alemão nascido em 1844, Friedrich Nietzsche. E “na leva” de filósofos nascidos neste dia vem em 1926 o francês Michel Foucault, autor de “História da Loucura”. E para ser um “guru” da Economia nasceu em 1908 John Galbraith.

Em 1921, antes da ditadura, saiu o primeiro número da revista “Seara Nova”, por iniciativa de vários intelectuais como Raul Proença, Jaime Cortesão, António Sérgio, etc. e em que colaboraram vários nomes da nossa literatura e tendo ao longo do Estado Novo muitos recontros com a PIDE e com o “maldito lápis azul” da censura, perdeu o seu realce embora ainda exista (?) sob a forma “online”. 

Em 1942 abriu ao tráfego aéreo internacional o Aeroporto de Lisboa, na Portela de Sacavém e que há poucos anos foi baptizado (justamente, para mim) de General Humberto Delgado. 

Em 1917 os franceses julgaram e executaram em Paris a dançarina de cabaret ou a espia holandesa da 1ª guerra  Mata Hari e depois, por coincidência ou não, julgaram e executaram no mesmo dia de 1945, o político francês Pierre Laval, por traição à pátria na 2ª guerra no papel de PM da República “fantoche” de Vichy 

Em 1966 a ONU resolve instituir o Dia Internacional da Discriminação Racial e o Estado Novo absteve-se na votação. E na mesma ONU em 1973 quando a Guiné declarou a sua independência unilateral nos territórios de Madina de Boé  59 países agendaram um debate sobre o tema. E em 1974, meio ano após  a Revolução, Portugal reconheceu o óbvio: Goa, Damão, Diu, Dadrá e Nagar Aveli eram territórios de soberania da Índia. E já que andamos pelas coisas da ONU, desta vez falo pela UNESCO que em 1978 fez o S. Francisco de Assis pensar “Finalmente!!!”: é que foi proclamada a Bíblia do nosso partido PAN – a “Declaração Universal dos Direitos dos Animais”. 

Agora vem a morte em 1964 do grande compositor dos EUA Cole Porter que no seu reportório nos deixou “Night and Day”, e em 2002 morreu o escritor e jornalista que tinha uma coluna “Canal da Crítica” no “Diário de Lisboa” e depois no “Tal e Qual” e que deixou viúva a escritora Alice Vieira. Chamava-se Mário Castrim.

Em 1815 Napoleão, depois da grande ambição, foi exilado para a ilha de Santa Helena que tem como capital Jamestown e, que juntamente com as ilhas da Ascenção e Tristão da Cunha faz parte do território ultramarino inglês que se situa no Atlântico Sul entre a América do Sul e a África, sendo mais perto desta.

Em 1940 foi lançado o filme do Charlie Chaplin “O Grande Ditador”.

Para terminar em paz com todos vós, trago-vos os Nobel da 15 PAZ sendo o de 1990 atribuído ao russo Mikhail Gorbatchov, o de 1993 dividido entre dois sul-africanos, um branco Fredrik de Klerk e um negro conhecido por Madiba, mas de seu nome Nelson Mandela, e o de 1999 foi para a organização “Médicos Sem Fronteiras.

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