13 de SETEMBRO
1321 foi o ano da morte de um escritor clássico que escreveu “Vida Nova” e a sua passagem para uma nova vida não foi uma “tragédia” porque nos deixou “A Divina Comédia”. Chamava-se Dante Alighieri. E em 1598, morreu o Filipe I de Portugal. E depois de duas mortes vem agora o nascimento de alguém que morreu vitima do que descobriu: a origem da febre amarela está nos mosquitos. O investigador Walter Reed que nasceu em 1851, morreu com a febre amarela. E na literatura portuguesa há um deve e haver porque se em 1877 morreu um escritor que teve direito a um lugar no Panteão Nacional: Alexandre Herculano que foi um político, um historiador e um grande escritor do Romantismo e nos deixou, entre outros, o “Eurico, o Presbítero”, em 1885 nascia o Aquilino Ribeiro que numa numerosa lista de obras utilizou palavras regionais (regionalismos populares) que engrossaram o vocabulário português e dentre os seus livros destaco “Terras do Demo” e “ A Grande Casa de Romarigães”.
Agora vamos a outros factos, como por exemplo, a eleição em 1276, de Pedro Julião ou Pedro Hispano para Papa com o nome de João XXI. E em 1923 o espanhol Primo de Rivera promoveu um golpe de estado governando em ditadura até 1930, com o partido “União Patriótica” de cariz fascista que inspirou Salazar para o partido “União Nacional”. Em 1959 foi lançada a primeira nave espacial que pousou na Lua, mas não tripulada: foi na Rússia e o seu nome era “Lunik II”. Em 1989 na África do Sul o Bispo Anglicano, Desmond Tutu, que tinha sido Prémio Nobel da Paz em 1984 dirigiu a maior marcha anti-apartheid do país. E em 1991 Portugal teve a ligação entre o Porto e Lisboa por autoestrada terminada, e não sendo uma “obra de Santa Engrácia” durou 31 anos a acabar. Em 1993, em Oslo, foram assinados Tratados de Paz entre Israel e a Palestina e como todos sabem tiraram-se muitas fotos dos protagonistas mas os resultados estão à vista. Já acima mencionei um Prémio Nobel da Paz, o de 1984, e agora lembro a morte do de 1970, o cientista dos EUA, Norman Borlaug, que ficou conhecido como o “pai da revolução verde”. E em 1940 nasceu o antigo Presidente da Costa Rica galardoado também com o Prémio Nobel da Paz em 1987. E vou finalizar com o nascimento em 1922, de uma senhora açoriana que não deixou ninguém indiferente por onde passou; foi a Natália Correia, uma escritora, uma política e essencialmente uma poetisa. Dela deixo-vos esta peça poética:
“O Sol nas noites e o Luar nos dias”
De amor nada mais resta que um Outubro
E quanto mais amada mais desisto:
Quanto mais tu me despes mais me cubro
E quanto mais me escondo mais me avisto.
E sei que mais te enleio e te deslumbro
Porque se mais me ofusco mais existo
Por dentro me ilumino, sol oculto
Por fora te ajoelho, corpo místico.
Não me acordes.
Estou morta na quermesse dos teus beijos.
Etérea, a minha espécie nem teus zelos amantes a demovem.
Mas quanto mais em nuvem me desfaço
Mais da terra e do fogo é o abraço
Com que na carne queres reter-me jovem.
