ANA ROCHA DE SOUSA —–MANOEL OLIVEIRA

12 de SETEMBRO 

“Corpo de Quadrilheiros”. Que vos parece este nome? Talvez um grupo de malandrins, não? Pois desenganem-se porque, ao que parece, este é o nome que foi dado em 1383 à primeira organização policial do nosso país. 

Em 1833 nasceu na Rússia um compositor que também era investigador e médico e no campo da análise química definiu conceitos usados nos dias de hoje. Chamou-se Alexander Borodin, cuja principal obra foi a ópera “Príncipe Igor”, na qual trabalhou durante 18 anos e que foi terminada por Rimsky-Korsakov, devido à sua morte.

Quem morreu em 1871, com apenas 31 anos, foi outro médico, desta vez português, chamado Joaquim Guilherme Gomes Coelho mas que todos conhecemos por ser o escritor de “As Pupilas do Senhor Reitor” ou “Uma Família Inglesa” ou ainda “A Morgadinha dos Canaviais”, entre outros e que assinava Júlio Diniz. Em 1913 nasceu nos EUA aquele atleta que fez o Hitler engolir “sapos vivos” em 1936 ao vencer 4 medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Berlim (100 e 200 metros, salto em comprimento e estafeta 4×100 m) e que por azar do “bigodinho” era um atleta negro e não louro ou ariano: Jesse Owens. Em 1924 nasceu o engº. agrônomo português nascido na Guiné e que liderou o processo de independência da colónia e foi assassinado pela PIDE em Conacry chamado Amílcar Cabral. Em 1953 na Rússia subiu ao poder o Nikita Krushchev como secretário do Partido Comunista. Em 1958 a Texas Instruments através do seu engº. Jack Kilby apresentou o primeiro circuito integrado (chip). Em 1974 acabou o Império africano da antiga Abissínia com o Imperador da Etiópia Hailé Selassié a ser derrubado e a ser instalada uma República. Com 84 anos faleceu, em 1981, o Prémio Nobel da Literatura de 1975, o italiano Eugénio Montale. Em 1991 foi fundada uma instituição que eu nunca percebi para que serve e que sei que recebia (ou ainda recebe) dinheiro do Estado provavelmente com algum fim público: a Fundação Mário Soares. Em 2002 uma cientista portuguesa Maria do Carmo Fonseca, pelo seu trabalho sobre genética molecular, foi distinguida com o Prémio DuPont da Ciência. No ano de 1902 nasceu no Brasil o futuro PR Juscelino Kubitschek de Oliveira que mudou a capital do país da cidade maravilhosa, Rio de Janeiro, para uma nova cidade construída de raiz para ser a nova capital Brasília, e que teve o “risco” do notável arquitecto Óscar Niemeyer. E em 1962 nasceu um submarinheiro que tem andado pelo fundo mas que deve estar a preparar a vinda à superfície junto à Câmara de Lisboa: Paulo Portas. 

Agora vou apagar de cena três pessoas do cinema que marcaram a minha juventude. Começo pelo actor Anthony Perkins, em 1992, que brilhou em “Psycho” e “Fedra”, e em 1993 o “Perry Mason”, da nossa RTP a preto e branco, e que era um  “advogado de barra” desempenhado semanalmente por Raymond Burr. E em 2010 morria em França um realizador da “nova vaga” que ao lado de François Truffaut e Eric Rohmer, entre outros, lançou a nova fase da segunda metade do século passado no cinema francês: Claude Chabrol. Uma bomba para finalizar veio a público em 2007, quando a Rússia ensaiou, sem contaminar o ambiente, a “bomba de vácuo” mais potente do mundo sendo equiparável a um projectil nuclear.

Fora do dia de hoje venho mostrar a minha satisfação por ter sido atribuído ontem o “Bisato d’Oro” do Festival de Veneza à portuguesa Ana Rocha de Sousa pela realização do seu primeiro  filme “Listen” e também um outro prémio intitulado de “Sorriso Diverso Venezia” pela abordagem das questões sociais. O meu apreço é maior porque, há dois dias, nestes textos, escrevi que foi uma honra a atribuição do “Bisato d”Oro” de Veneza ao grande Manoel de Oliveira.

Querem melhor honra para a Ana Rocha de Sousa?

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