É BOM EVOLUIR, MAS…

Vou transcrever um excerto de uma carta sem a descontextualizar. Vou tentar:

“…eu deixei-te em Creta para acabares de organizar o que faltava e estabeleceres anciãos em cada cidade segundo as minhas instruções. O ancião DEVE SER irrepreensível, casado uma só vez e os seus filhos sejam fieis sem fama de maus costumes ou insubordinação. O DIRIGENTE DA COMUNIDADE como administrador da casa de Deus TEM DE SER irrepreensível, não pode ser arrogante, nem colérico, nem amigo do vinho, nem conflituoso, nem ávido de lucros desonestos. Pelo contrário DEVE SER hospitaleiro, amigo do bem, ponderado, justo, piedoso e disciplinado. DEVE SER  de tal modo fiel na exposição da palavra conforme ao ensino recebido, que seja capaz, não só de exortar na sã doutrina mas também de refutar os que a contradizem”.

Este texto como não vos deve escapar foi escrito por S. Paulo numa carta ao seu amigo Tito talvez por volta dos anos 60 a 70 do primeiro século da nossa era. E deve ser lido com a nossa imaginação e os nossos conhecimentos à luz do tipo de sociedade que se vivia há dois mil anos. LONGE de mim querer que isto se passasse nos dias de hoje com tal definição. Mas o que me levou a escrever isto foi ver que hoje somos muito mais evoluídos que a sociedade daquele tempo mas vivemos num mundo com valores diferentes sob o ponto de vista moral e é talvez esse o preço a pagar por essa evolução. 

Este texto escrevi-o há 5 dias e pensei não o publicar mas ontem (dia mundial da BONDADE) uma nova carta do mesmo S. Paulo, desta vez aos Tessalonicenses (suponho que eram os habitantes da actual Salónica na Grécia), fez-me acrescentar este pedaço e publicá-lo mesmo. Vejamos:

“Irmãos vós sabeis como deveis imitar-me pois não vivemos entre vós na ociosidade nem comemos de graça o pão de ninguém. Trabalhamos dia e noite, com esforço e fadiga, para não sermos pesados a nenhum de vós. Não é que não tivéssemos esse direito mas quisemos ser para vós um exemplo a imitar (…) já vos dávamos esta ordem: quem NÃO QUER trabalhar também não deve comer!

Mais palavras para quê? Este texto não é religioso é social

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