FRANCISCO SÁ CARNEIRO – – – 86 anos hoje

Ainda o 19 de Julho não acabou e eu aqui estou a anunciar datas que que para mim sobressaem.

Como infelizmente esta época é de incêndios altamente destruidores, começo pelo ano 64 do 1º século em que Roma ardeu em 10 dos seus 14 bairros. E, tal como cá, há sempre a suspeita de ter sido fogo posto ou não. Pois bem há a versão de que o povo fez um incêndio em casas de madeira e que depois se propagou. Mas a versão mais corrente é a de que o Imperador Nero ao ver o Senado negar-lhe terrenos para construir palácios resolveu incendiar a cidade. E ficou na História como Nero, o pirómano. Eu sei que a ciência explica tudo (ou quase tudo) mas não sendo “burro” (julgo eu) sempre me foi difícil explicar a mim próprio como é que os aviões não caem e os barcos não vão ao fundo. Tudo isto a propósito de, em 1843 ter sido lançado à água o maior navio oceânico de casco de ferro e com hélice, baptizado com o nome de SS Great Britain. E um transporte que não cai do ar, nem se afunda no mar, foi inaugurado neste dia em 1900, em Paris, e por acaso também se afunda mas é em terra: a linha nº 1 do Metro de Paris. Em 1949, mais um país, deu um murro na mesa, e disse à França que queria ser independente, desta vez foi o asiático Laos. 

Em 1979 na América Latina foi derrubada a família que dominou a Nicarágua durante décadas, a família Somoza que fugiu para os EUA, por um grupo intitulado FNLS (os “Sandinistas” por homenagem a Augusto Sandino, o guerrilheiro que nos anos 30 lutou contra a presença militar dos EUA no país). Quem ficou no poder foi Daniel Ortega.

Como hoje vou deixar para o fim os partos e os funerais, vou lançar o último facto de hoje. Aconteceu em 1717 e foi uma batalha naval, no sul da Grécia, que opôs uma armada de cristãos a uma do império otomano. Quem sabe o nome da batalha e como era constituída a armada cristã? Isto aconteceu no reinado de D. João V e a República de Veneza auxiliada pela dos Estados Pontifícios e da Ordem de Malta, do Grão Ducado da Toscana e de uma esquadra portuguesa comandada pelo Almirante Furtado de Mendonça. Ah…e a nossa seleção ganhou a Batalha de Matapan (Matapão). 

E hoje vou matar primeiro, e começo logo por um clássico da literatura, o latino Petrarca que morreu em 1374. E em 1415 a mãe do nosso Infante Santo e dos outros irmãos, a inglesa Filipa de Lencastre, rainha de Portugal deixou-nos de vez. Prematuramente aos 31 anos morria o sublime poeta impressionista que escreveu sobre a cidade e o campo, e não só, chamou-se Cesário Verde. 

Quem chegou a este mundo neste dia em 1834 foi o pintor francês Edgar Degas e em 1885 o diplomata de grande coração e coragem Aristides de Sousa Mendes que em Bordéus salvou muitas vidas durante a II guerra mundial contrariando Salazar e pagando por isso. Depois em 1896 chegou mais um filósofo alemão que se naturalizou americano e que se chamou Herbert Marcuse. Deixei para o fim os que nasceram no século XX e que foram em 1941 uma estilista  Ana Salazar uma mulher que revolucionou e internacionalizou a moda portuguesa, e em 1946 um dos mais virtuosos e “bon vivant” tenista romeno, hoje banqueiro, chamado Ilie Nastase e no ano seguinte o guitarrista dos Queen, Brian May.

Para acabar fez hoje 86 anos um pequeno em altura, mas de grande estatura, e que partiu trágica e prematuramente mas nos deixou uma marca muito forte nos últimos 8 anos da sua vida política (desde a ala liberal do consulado marcelista até à sua morte) e que fez falta ao nosso país. Estou a falar de Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro. Como sou alguém que nunca votou nele, aqui está a minha homenagem.  

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