RUBLOS versus BOICOTE

Acabei de ler duas noticias que têm muito a ver uma com a outra embora em alguns contextos sejam diferentes. 

Comecei por ler um apelo do treinador do Lille, o português Paulo Fonseca (cujo percurso profissional aprecio), a solicitar ao “seu” Braga e ao Benfica que não negoceiem jogadores profissionais com a Rússia em virtude da cruel invasão da Ucrânia e penso que o faz com verdadeiro sentimento pois é casado com uma cidadã ucraniana, viveu lá alguns anos e foi campeão. Alega o treinador que o negócio apoia a Rússia o que a mim me parece uma má visão. De facto, se os clubes portugueses venderem jogadores para a Rússia o dinheiro sai de lá e são menos uns milhões para armamento russo. São divisas que os clubes retiram aos cofres russos pois não acredito que os ditos clubes queiram receber rublos.

A outra notícia vem na capa de um jornal português que diz que nos países da vodka – Rússia e Ucrânia – as exportações de vinho português aumentaram duzentos por cento (200%) o que, pelo que pede o Paulo Fonseca, os empresários deveriam evitar. Se exportamos vinho em catadupa também os cofres russos se delapidam porque os empresários portugueses não querem rublos o que quer dizer que apesar dos boicotes bancários há divisas a entrar e a sair da Rússia. Alguém me explica como funciona este boicote bancário e como se movimentam estes dinheiros?