Devo confessar que ainda não tinha ido ao Estádio do Mar desde que a bancada norte foi demolida, por via de obras de ordem rodoviária, e que a bancada nascente ficou interdita por razões de estabilidade e segurança. Fiquei com um “sentimento de tristeza” pois tinha estado no lançamento da 1ª pedra da sua construção e estive na sua inauguração. Que belas instalações com pista de atletismo com bancadas que se enchiam de gente mas que hoje estaria obsoleto. Mas tive um “sentimento de esperança” quando vi que o estádio parecia um estaleiro o que sinalizava que num futuro próximo eu venha a ter um “sentimento não de tristeza nem de esperança mas sim de alegria”. Talvez “Matosinhos 25”, ou seja a candidatura de Matosinhos a “Cidade Europeia do Desporto”, seja um impulso para a obra terminar e termos o Estádio do Mar com qualidade e dignidade. Se assim for o enquadramento rodoviário que o envolve vale a pena.
Agora vamos ao dia de hoje e comecemos por dizer que ser convidado a ir ver o Glorioso Leixões pela vontade do meu filho foi para mim um reviver um passado (o meu filho vive no estrangeiro há 13 anos) que muito me encheu a alma. Valeu a pena porque não sei quando voltará a acontecer.
Não habituado a estas andanças não fui previdente e não comprei os bilhetes de sócios com antecedência e portanto quando chegamos com vinte minutos de antecedência ao estádio deparamos com 2 enormes filas sem percebermos o que se passava. Descobrimos a fila para a bilheteira com talvez 100 pessoas à nossa frente mas ordeiramente seguimos até à aproximação das bilheteiras e foi quando descobrimos que havia dois tipos de bilhetes e os que nós queríamos – um simples bilhete – quase não tinha fila porque o grosso da coluna eram pessoas que iam receber o bilhete por troca com os vouchers do Continente e embora numa mesma fila tinham atendimento noutro balcão do mesmo contentor e eram mais demorado. Fazerem uma fila única para dois atendimentos distintos em balcões distintos só mesmo de iluminados. Mas havia uma surpresa mais: saímos da bilheteira e tivemos de ir para outra fila de mais de 200 pessoas para entrar no estádio. Ou seja chegamos 20 minutos mais cedo e conseguimos sentar-nos aos 20 minutos da primeira parte. Dizem que a culpa é do Leixões, dizem que a culpa é da Liga, dizem que…mas quem perde com isto é quem quer assistir e tem de se sujeitar. A liogística esteve um desastre, uma verdadeira vergonha, mas…não estamos a habituados a luxos! Quase tudo que nos dá prazer tem de ser sofrido.
Falta falar do espectáculo principal. Em poucas palavras tudo se diz: principio de época, muito empenho, bastante juventude uma arbitragem igual ao jogo e não houve cerejas para por em cima do bolo porque ficou 0 -0. O GLORIOSO LEIXÕES bateu-se de igual para igual com o Santa Clara que veio da 1ª Liga. Um pequeno pormenor: há 4 jogos seguidos que o meu clube não marca um golo com uma derrota e três empates. Também valeu a pena ver a apresentação durante o intervalo da novel e muito jovem equipa de futebol feminino com que o GLORIOSO LEIXÕES vai apresentar-se. Mais uma valência do clube. Boa sorte!
Em suma, o Glorioso não perdeu, o estádio está em renovação, as jovens vão ter uma aposta que espero seja séria e forte, parece-me que há um sentido positivo no Clube e…acima de tudo FUI ao FUTEBOL e… a cereja em cima do bolo foi que a vontade e o convite terem sido do meu filho que é sócio há mais de 30 anos. BELA NOITE DE VERÂO!!!