Diz o povo (e quando o povo fala, quase sempre, tem mais razão que os ditos sábios) que “onde não há pão todos ralham e…” acrescento eu, ninguém acerta com a solução ideal. Eu de economia e política só sei o “abc” mas de observar a vida já fiz uns bons anos lectivos com um aproveitamento razoável e por isso vou escrever qualquer sobre o tema do título.
Há uma realidade: o custo da alimentação subiu muito e muito rapidamente.
Acusou-se de imediato o distribuidor (hipers, supers, etc.) até porque as empresas estão a fechar as contas e os lucros também cresceram muito. Nem sei se estou a pensar bem mas se a distribuição trabalhar com “margens de lucros fixas” quando recebem os produtos mais caros aplicando as margens fixas ganham mais dinheiro, logo fazem mais lucros. Tudo legal, não parece? A distribuição não tem custos de fabrico ou transformação dos produtos que vende, só tem custos de logística e publicidade e de recursos humanos.
Então vamos acusar o governo por estar quieto, porque não faz nada, porque está a “engordar” com o IVA. Mas o IVA é uma “percentagem fixa” que aumenta quando os produtos estão mais caros, logo o governo não tem culpa do aumento da sua receita.
Então vamos “bater” nos transportes que encareceram a logística entre produtores e distribuidores, mas estes dizem que tiveram que subir os custos porque os combustíveis estão por um preço elevadíssimo.
Então a culpa deve ser dos produtores e aqui como se pode analisar? Vem o sol e queima as culturas, vem a seca e morrem as culturas, vem o granizo e a chuva torrencial e lá vão as culturas, os adubos aumentaram, a energia para os tractores e outras alfaias agrícolas está num preço muito elevado e a pressão sobre os preços no produtor eram tão fortes antes desta crise que alguns estavam quase “a trabalhar para aquecer”, os alimentos para os animais encareceram e o combustível na pesca é caríssimo.
Que dizer disto tudo? Que à boleia da crise energética e da guerra na europa de leste alguns ou todos deram largas à sua imaginação e os preços incendiaram.
Solução de alguns: taxar lucros excessivos!!! Provavelmente quem vai pagar essas taxas é o “Zé Povo” que é o que já pagou os impostos todos que essas empresas entregaram ao Estado. A contabilidade é uma coisa bonita mas dá para tudo até para dizer que as empresas pagam impostos quando é o povo quer fornece o dinheiro às empresas para pagar esses impostos. Quanto mais taxarem as empresas mais caros ficam os produtos.
Solução de outros: tabelar preços, limitar margens, fazer um cabaz de essenciais (o que será essencial para mim e o que será essencial para o meu vizinho?), retirar o IVA de certos produtos (quais?) e deve haver muitos mais palpites que não recordo. Até os que se dizem liberais abrem uma excepção ao livre exercício da oferta e da procura como regulador do mercado.
Há uma realidade como disse acima: o custo da alimentação subiu muito e muito rapidamente mas EU NÃO SEI qual vai ser a solução porque como disse sei pouco de economia e de política mas SUSPEITO que estes preços vieram para ficar e cada um que se vá adaptando. E que a solidariedade que o povo português tem se mantenha para que ninguém passe fome.
Pensei em colocar uma foto neste texto mas como não sabia qual deveria ser escolhi esta que não tem a ver com a alimentação mas são produtos “essenciais” que “bebem” muito! Desculpem a foto que é um bocadinho de populismo bacoco. (Venda de carros de luxo em Portugal )