“Vós, tenro e novo ramo florescente
De uma árvore de Cristo mais amada
Que nenhuma nascida no Ocidente,
Cesárea ou Cristianíssima chamada; Excerto do Lusíadas, 1,7
(Vede-o no vosso escudo, que presente Luís Vaz de Camões (Séc. XVI)
Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas, e deixou
As que Ele para si na Cruz tomou)”
Estudiosos, que não eu, dizem que este excerto do grande épico se relaciona com o sofrimento de Cristo na sua paixão e morte na qual sobressaem as chagas das mãos e dos pés e do Seu lado.
Um segundo ponto sobre este assunto tem a ver com as diversas bandeiras do nosso Portugal ao longo dos séculos desde D. Afonso Henriques e nelas vermos nos seus escudos as “cinco chagas de Cristo”.
Vem isto a propósito, de sendo eu um leigo em História, ter encontrado um texto que, sem ter tido o trabalho de aprofundar, me “picou” a curiosidade. Então em leituras pouco rigorosas fiquei com a ideia que a Igreja Católica que instituiu este dia como a festividade de nome “Santas Chagas de Cristo” o fez especialmente para os povos da língua portuguesa. Assim li algures que foi o Papa Bento XIV (séc. XVIII) que começou a marcar a data pela devoção dos portugueses para depois os Papas seguintes a continuarem a celebrar até que foi introduzida nas cerimónias religiosas com a data definitiva de 7 de Fevereiro. Será verdade? É mais uma curiosidade que eu desconhecia.