Eu, o Desporto e os Jornais Desportivos

Hoje ao abrir o jornal “A Bola” no meu computador deparei-me com o editorial escrito pelo novo diretor que entra hoje em funções de nome João Bonzinho. E fiquei a pensar no passado – sem nostalgia mas com memória – e passei em revista os jornais que ainda existem e os que infelizmente já não vêm à estampa e os diretores – notáveis na sua maioria – que por eles passaram. E hesitei se deveria ou não escrever este texto por duas razões: a primeira por haver muita clubite e os jornais serem normalmente conotados com determinado clube e a segunda porque entre os meus amigos há um Mestre que escreveria muito melhor sobre isto do que eu e está por dentro da matéria e eu só vejo a “embalagem”. Claro que é o meu Amigo Joaquim Queirós. 

Eu gosto muito de DESPORTO, qualquer que ele seja, tentando saber as regras e tentando estar atento ao espectáculo quando possível e aos humanos que neles se envolvem bem como aos resultados e estatísticas. Leio jornais diários desde os cinco anos e, claro, juntando as duas paixões surge este escrito. 

Eu sou antigo mas já não sou do tempo de “Os Sports” e “A Bola”, que é mais velha que eu um ano, foi para mim a “bíblia” e o “Mundo Desportivo” e o “Norte Desportivo” e o nascituro “Record” foram os “catecismos”. Mas estes jornais naquele tempo falavam de todos os desportos e tinham “JORNALISTAS” e “REPÓRTERES” especializados nas diversas modalidades e não só em futebol, às vezes com colunas e até páginas dedicadas às ditas modalidades menos acarinhadas como o boxe, a vela, o ping pong (hoje ténis de mesa), a natação, a ginástica, ciclismo,etc. etc. Mas é claro que havia uma plêiade de grande prestígio nas direcções desses jornais e correndo o risco de ser injusto para alguns lembro o Cândido de Oliveira (B) que morreu em serviço no Mundial de Futebol de 1958 na Suécia onde “nasceu” o Pelé, o Raul de Oliveira (MD), o Alves Teixeira (ND), Artur Agostinho (R), Ribeiro dos Reis (B), e mais recentemente o Rui Cartaxana (R), o João Marcelino (R) e o agora substituído Vitor Serpa (B). Não mencionei o “Jogo” porque é muito recente e para mim ainda não fez história (não tenho nada contra e ainda o leio de vez em quando e vejo diariamente a sua capa digital). Claro está que propositadamente não falei da “GAZETA DOS DESPORTOS” e do seu fundador e prestigiado Joaquim Queirós. E isto dava para escrever páginas pois 70 anos a ler jornais “dá pano para mangas”. Mas fico-me por aqui com desejos de que o novo diretor João venha a ser Bonzinho como diz o seu nome. É que o JORNALISMO precisa de gente de gabarito para ser mais credível. E o Jornalismo Desportivo não foge à regra.   

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