DUAS GRANDES REVOLUÇÕES
O 31 de Janeiro de 1891 no Porto e o 31 de Janeiro de 2022 no País.
Estávamos ainda em monarquia e no Porto os republicanos “mostraram os dentes” ao Rei D. Carlos I, “o Diplomata”, embora sem sucesso imediato. Claro que os alicerces estavam lançados e 19 anos depois a nova investida acabou com o REINADO.
Estávamos em Outubro de 2021 e discutíamos o Orçamento para 2022 e ninguém gostou dele a não ser os que o propuseram mais os “donos” dos animais, da natureza e das pessoas. E houve uma revolução marcada pelo PR para 30 de Janeiro e apurados os resultados quase finais dessa contenda e depois de muitos prognósticos eis que bate a meia-noite e o país acorda o dia 31 de Janeiro e viu-se que não tinha acabado o REINADO mas sim a REINAÇÃO. E pode ter começado um REINADO. Agora põe-se a questão: é bom ou mau o que aconteceu? Faço questão de afirmar que sou contra maiorias absolutas de um só partido. Mas vamos fazer uma REINAÇÃO.
Tivemos montes de gente a querer aparecer numa fotografia e a ter o seu nome no jornal ou pelo menos nas fichas do Tribunal Constitucional para um dia mostrarem aos seus netos e que disseram de sua justiça.
E como RIR é o melhor remédio vimos que o ADN do país não era o que eles pensavam e embora tivesse sido dada a ordem ERGUE-TE! o país não se ergueu perante eles e não houve quase nenhum movimento pela terra que o MPT pediu e assim o país pouco se voltou com o VOLT e também não se aliou com o ALIANÇA porque parece um paradoxo mas são poucos os cidadãos do NÓS, CIDADÃOS e apesar de JUNTOS PELO POVO estes dispersaram-se quase só na Madeira e quase não se ficou a conhecer os trabalhistas portugueses do PTP mas e há sempre um pequeno MAS que nos leva aos dois partidos deste grupo com mais antiguidade: apesar da REINAÇÃO o PPM não chegou aos trezentos votos – afinal deve haver muitos brasões escondidos em casas e solares – e o PCTP-MRPP do camarada Arnaldo Matos desde que o Durão Barroso saiu do partido nunca mais cresceu. Vejam só que juntando estes partidos todos mais os outros nove da 1ª Liga eram mais os partidos que os distritos do nosso Portugal. Brinquei com estas pessoas que lutaram à sua maneira pelos seus ideais mas respeito a sua atitude, não enganaram ninguém pois disseram ao que vinham, mas poucos os ouviram ou assumiram as suas posições.
E os outros nove da 1ª divisão? Terminada esta Revolução dois desceram à 2ª Liga, um o colorido OS VERDES poderá, se essa for a vontade dos dirigentes da sua SAD, ainda entrar como suplente em alguns momentos do campeonato, mas o outro não foi suficientemente levado a sério e não apanhou a coligação que os podia salvar – era uma chico-espertice que podia ajudar – e assim acabaram os cristãos na AR de Portugal com a saída por “expulsão” do CDS-PP. O que vale é que F. Amaral, Amaro da Costa, Lucas Pires, Maria José N. Pinto e tantos outros já partiram. Os submarinos afundaram-se talvez porque deixaram as “portas” abertas.
Hoje foi dia dos ficaram de fora da corrida a um lugar que tem, talvez, gente a mais e a fazer cada vez menos. Alguns ao que vão lá fazer…