A METEREOLOGIA e o TITANIC

23 de MARÇO

DIA MUNDIAL da METEREOLOGIA

Penso que é justo que se dedique um dia à metereologia pois é das entidades que mais evoluiu para a minha memória de jovem em que lhe chamávamos “meNtereologia” porque acertavam muito pouco nas previsões. Hoje são poucas as vezes que erram e muitas das vezes é para nos alertar que excedem a gravidade real das situações. Eu comecei dizendo “penso”. 

Em 1842 morreu o escritor francês Henri Beyle que usando o nome de Stendhal nos deixou “A Cartuxa de Parma” e o “Vermelho e Negro”.  E em 1867 nascia o Norton de Matos um militar que foi Governador de Angola e entrando em colisão com o Estado Novo foi candidato a PR contra Craveiro Lopes tendo desistido do acto eleitoral.

E em 1869 nasceu na Turquia um arménio que deixou o seu nome ligado a Portugal e à cultura: Calouste Gulbenkian. 

Em 1890 um estudante universitário resolveu escrever um artigo contra a Monarquia intitulado “Bragança, o último” e claro foi logo preso. Como se chamava? António José de Almeida, o tal que foi o único PR da 1ª República a cumprir o mandato até ao fim.

E agora trago dois berços: quem gosta de cinema conhece bem o realizador japonês Akiro Kurosawa que chegou em 1910, e em 1912 foi a vez do americano nascido na Alemanha, o cientista Werner Von Braun o “pai” da campanha espacial que criou os foguetões que levaram o homem à lua.

Em 1919 em Itália foi dado por Benito Mussolini o 1º passo para o “desastre”: criou o “Movimento Fascista Italiano de Combate” que dois anos depois deu lugar ao Parido Fascista que só se “apagou” com o fim da II guerra, isto é, quase 25 anos depois. A propósito também foi neste dia que na Alemanha em 1933 o Partido Nacional Socialista de Adolf Hitler decretou o estabelecimento da ditadura extinguindo os sindicatos e os partidos políticos.

Em 1935 morreu a escritora e jornalista Ana de Castro Osório que nos deixou “As Mulheres Portuguesas” e que foi a fundadora da Liga Republicana de Mulheres e do Grupo de Estudos Feministas, e a ela se deve um trabalho muito importante da literatura da época e que se perderia sem a sua acção: foi ela que compilou a obra toda do escritor simbolista Camilo Pessanha, com quem conviveu em Macau, publicando a sua única e bela obra – “Clépsidra”. 

Em 1956 foi proclamada a 1ª República de um país muçulmano: a República Islâmica do Paquistão, que na altura abrangia os actuais Paquistão e Bangladesh. E nascia o Durão Barroso.

Depois de dois berços há pouco, duas urnas agora lembrando a partida em 1976 do Marechal Montgomery herói britânico em África na II guerra e também em Londres em 1991 do banqueiro Manuel Ricardo Espirito Santo, o filho do meio do fundador do banco, que agora morreria de vergonha se ainda estivesse entre nós.

No ano de 1993 a Comunicação Social fez um boicote ao noticiário sobre a Assembleia da República (que sossego que foi essa semana) em protesto contra as limitações impostas pela maioria dirigida por quem nunca se enganava, não tinha dúvidas e raramente lia jornais.

E depois de ter ido ao fundo o “Titanic” veio ao de cima e levou 11 Óscares de Hollywood em 1998. 

Leave a comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *