“OLHE QUE NÃO…” – Que dois monstros da nossa política democrática

06 de NOVEMBRO

O “Restaurador”, D. João IV restaurou em 1640 e morreu em 1656.

O porquê de nós não sermos analfabetos deve-se a muita gente mas lembramos hoje que um deles foi o Marquês do Pombal ao oficializar o “Ensino Primário” em Portugal.

A República Dominicana divide a Ilha Hispaniola com o Haiti e tem como capital Santo Domingo e como moeda o Peso Dominicano mas para ser independente teve de “suar muito”, mas vejamos porquê: em 1821 liberta-se da Espanha mas no ano seguinte foi invadida pelo Haiti e assim ficou 22 anos e em 06 de Novembro de 1844 libertou-se do Haiti e assim viveu independente pela 2ª vez durante 17 anos e os espanhóis reconquistam-na em 1861 e só passados 4 anos atinge a independência que dura até aos dias de hoje. 

Em 1854 nascia em Washington um luso-descendente filho de pai português e de uma alemã baptizado com o nome de John Philip Sousa e que sendo maestro e compositor popularmente conhecido como “Rei das Marchas” nos deixou a mundialmente famosa “The Stars and The Stripes Forever” considerada desde 1987 por acta do Congresso dos EUA a “marcha oficial dos EUA”. Quem não conhece esta marcha? E este principio de Novembro é fértil em Presidentes dos EUA e assim em 1860 Abraham Lincoln chegou à Casa Branca, e em 1984 o Ronald Reagan foi reeleito e espero que amanhã o Joe faça o Donald emigrar.

Na música perdemos, em 1893, o compositor russo Piotr Tchaikovsky que “só” nos deixou “O Quebra Nozes”, “O Lago dos Cisnes”, “A Bela Adormecida” ou “Romeu e Julieta” e na pintura portuguesa deixou-nos, em 1929, o Columbano Bordalo Pinheiro um realista que nos deixou “Soirée Che Lui” entre outros e era irmão do “dono” do Zé Povinho, o Rafael Bordalo Pinheiro. 

Mas como sempre, também nasce gente no dia-a-dia e assim em 1916 um compositor e maestro dos EUA o Ray Conniff que compôs para cinema, e em 1919 uma das pérolas da literatura poética e não só, da nossa terra a Sophia de Melo Breyner Andresen, “A Menina do Mar” ou “A Fada Oriana” “O Cavaleiro da Dinamarca” para só falar de livros infantis.

E agora um Presidente de uma República africana que nasceu em 1958 que trago aqui para me divertir a imaginar os meus leitores a soletrar o seu nome: faz hoje 62 anos o antigo PR Malgaxe (Madagascar)

Hery Rajaonarimpianina. (Que tal?) Ora repitam outra vez, mas mais rápido.

Faz hoje – olhe que não… – afinal faz mesmo 45 anos que o “olhe…que não…” ficou para a história com dois políticos que, quer se goste quer não se goste, são de uma “cepa” que já não existe. Que carisma tinham os dois: Álvaro Cunhal (o emissor) e Mário Soares (o receptor).

E vou terminar com um lápis, mas não um lápis qualquer mas sim um “Caran d”Ache” que provavelmente conhecem, mas a origem da marca é que se calhar não conhecem, mas eu vou resumi-la.

Um oficial de Napoleão ficou ferido na invasão da Rússia e teve de ficar lá para se curar e assim passados uns largos tempos em 1858, no dia de hoje, surgiu-lhe nos braços um neto nascido em Moscovo.

Esse neto foi dado para a adopção a uma família polaca e cresceu e casou e decidiram ir para França em 1877 e pedir a nacionalidade francesa ele que se chamava Emmanuel Poiré. Então resolveu ser caricaturista e começou (talvez seja dos primeiros) a ser cartoonista chegando a trabalhar para o Le Figaro ou criando uma revista “Psst” da qual saíram 85 números. Utilizou nos seus trabalhos a lápis, o pseudónimo de “Caran d”Ache”. Um dos seus trabalhos mais badalados foi um intitulado “Carnet de Cheques” que se baseou num escândalo de corrupção na construção do Canal do Panamá. Ou seja 200 anos antes dos “Panamá Papers” já tinha havido um “Panamá Scandale”. Será sina do Panamá?

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