VILAR DE MOUROS

08 do 08 

Começo hoje por inventos e inventores, e assim em 1709 Bartolomeu de Gusmão foi à sala dos embaixadores da Casa da Índia, no Terreiro do Paço lançar a sua “Passarola”, um balão de ar quente, na presença de D. João V e, em 1876, o Thomas Edison apresentou o seu mimógrafo (ou mimeógrafo) e que é, nem mais, nem menos, que a futura fotocopiadora. Por certo que conhecem a canção do Paulo de Carvalho “Os Meninos do Huambo” o que talvez não saibam é que a cidade  Huambo é criada em 1919 pelo então Governador de Angola, General Norton de Matos que viria a ser oposição a Salazar. Depois que Salazar subiu ao poder mudou-lhe o nome para Nova Lisboa e só em 1975 voltou à primeira forma. E agora na geografia política digo que em 1965 nascia mais um país: a cidade-estado Singapura composta por 63 ilhas separada da Malásia pelo estreito de Johor a norte e da Indonésia (Ilha de Riau) pelo estreito de Singapura a sul. E passados 2 anos Singapura juntamente com a Malásia, a Indonésia, Tailândia e as Filipinas criaram a ASEAN ou seja a Associação das Nações do Sudeste Asiático. E, momentaneamente, em 1990 passamos a ter um país a menos, pois o Iraque anexou o Koweit e retirou-o do mapa, mas foi sol de pouca dura. Em 1929 nascia Ronald Biggs que não diz nada a muita gente e foi famoso não por uma boa acção mas por um crime fabuloso cometido no seu dia de anos em 1963: o assalto ao expresso noturno Glasgow/Londres  roubando ao Tesouro britânico 2,6 milhões de libras. 

Em 1969 uma seita satânica da família de Charles Mason matou num crime hediondo a atriz Sharon Tate grávida de 9 meses e mais 4 amigos. Também a cultura portuguesa perdeu dois expoentes, um na literatura, o grande poeta Ruy Belo, em 1978 e em 2009 o inesquecível homem do teatro, e não só, chamado Raul Solnado. Uma saudade…podió…chamá-lo. 

Em 1937 nascia o pequeno mas grande actor Dustin Hoffman  que tem 2 Óscares de melhor actor, no drama “Kramer contra Kramer” e no maravilhoso autista em “Rain Man” (Encontro de Irmãos). 

Quem sabia no ano de 1971 que no 1º  Festival de Vilar de Mouros que decorreu em 3 fins de semana, iria assistir a concertos de gente que ou já era ou viria a tornar-se famoso mais tarde, além da consagrada Amália Rodrigues. Nomes: António Vitorino D’Almeida, Joly Braga Santos, Quarteto 1111, Manfred Man, Elton John, Duo Ouro Negro, etc. O que é natural é que não saibam que em 1968 houve um Vilar de Mouros “Zero” com a Banda da GNR e com Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Paredes, Luís Gois, etc. 

Mas a ideia inicial surgiu em 1965 na cabeça do médico António Barge que fez um festival para promover o turismo através da música dos grupos do Alto Minho. Depois disso muitos artistas passaram por Vilar de Mouros, incluindo um Prémio Nobel, não é da música mas sim da Literatura de 2016, o Bob Dylan.

Já deram por ela que não falei de desporto mas em 1981 nasceu na Suiça o melhor e mais completo – opinião minha – tenista de todos os tempo o Roger Federer. E em 2006 o Francis Obikwelu sagrou-se campeão europeu dos 100 metros em Gotemburgo, na Suécia, e trouxe para Portugal a medalha de ouro. Para terminar e dar uma alegria a alguns leitores faz hoje 26 o novo herói do FCP o congolês Chancel Mbemba. 

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