SIMPLESMENTE, 14 DE JULHO

Um dia vos direi porque razão hoje é uma EFEMÉRIDE DA NOSSA FAMÍLIA. !4 de Julho de 2020 (ninguém faz anos, e casamos em Agosto, e não me saiu nenhum prémio).

O santo do dia da Igreja Católica é o S. Camilo de Lellis, um italiano que morreu em 1614, deixando uma obra material importante. Tem uma história muito forte e é considerado o protector dos ENFERMOS e dos HOSPITAIS. E nos hospitais tomam-se pastilhas mas na França o que se tomou foi uma prisão: a Bastilha. E o que levou a que o povo fizesse a “Tomada da Bastilha? Claro que a situação já era caótica mas o que fez disparar a Revolução Francesa neste 14 de Julho de 1789 foram dois incidentes protagonizados por dois desconhecidos: Jacques Necker havia sido demitido de Ministro das Finanças e o jornalista radical Camille Desmoulins fez um discurso inflamado contra essa medida e incendiou o povo no dia 12 e  de tal modo que ao fim de 2 dias os franceses tomaram a sua Pastilha. Como resultado disso em 1795 a marcha heroica do Claude-Joseph Rouget de L’Isle, intitulada  “A Marselhesa”, passou a hino nacional da França. Para mim um dos hinos mais bonitos que conheço, e gostei mais dele quando não tocou no final do dia 11 de Julho de 2016. E para deixar de franceses digo-vos que “partiu” em 1993 uma voz inesquecível: Leo Ferré.

Um pintor austríaco nasceu em 1862 e deixou boa obra. Foi Gustav Klint E um herói da minha juventude morreu aos 21 anos, era americano e a sua vida foi uma lenda, o  William Booney conhecido como Billy, the Kid.

Este dia foi um dia de glória para um atleta português mas que foi tão efémera que acabou em desgraça no dia seguinte: foi o Francisco Lázaro que se tornou o 1º português a correr uma Maratona Olímpica, em 1912, em Estocolmo, mas acabaria por morrer por insolação (na Suécia!!!) no dia seguinte. E falando da Suécia quero dizer-vos que em 1918 nascia um dos melhores realizadores de cinema, nas minhas preferências: Ingmar Bergmann que nos deixou “Morangos Silvestres”, “A Fonte da Virgem” entre outros.

Em 1903 nascia o futuro Presidente dos EUA, Gerald Ford, e em 1904 morreu um politico que foi quatro vezes Presidente da República daquela que hoje se chama África do Sul mas começou por ser a República do Transvaal. Era um Boer que se opôs ao domínio britânico mas que quase ninguém conhece. Mas dizendo que muita gente faz safaris no Parque Nacional com o seu nome, quase todos adivinham: Paul Krugger.

Em 1954 lá se foi “embora de vez” mais um Prémio Nobel da Literatura de 1922, o espanhol Jacinto Benavente. E já que estamos a falar de livros o Papa S. João XXIII, Ângelo Roncalli, publicou a encíclica sobre a “evolução social à luz da educação cristã” a que deu o nome “Mater et Magistra”.

E a terminar, duas de Presidentes da República Portuguesa. Quem diria que o Marechal António de Spínola (da direita mais radical) indigitava para Primeiro Ministro o General Vasco Gonçalves (um esquerdista de gabarito)? Só mesmo a política. 

A segunda foi a investidura, neste dia de 1976, do primeiro PR eleito pelo povo: o General António Ramalho Eanes, que mais tarde recusou ser Marechal. Vejam as diferenças.

E como Portugal ganhou o europeu à França, na França, posso hoje dizer: 

VIVE LA FRANCE…

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