Uns dizem que o 13 é dia de sorte, outros que é de azar, e eu acho que é um dia como outro qualquer no qual lembro Fátima pois como convicção religiosa assumo que é a nossa Mãe Celeste. Nunca vou a Fátima ao dia 13 e gosto de fazer a visita só a dois.
Entro aos pontapés neste dia, pois em 1930 começou o 1º Mundial de Futebol, no Uruguai, e quem havia de ganhar? O Uruguai, que na final ganhou 4-2 à Argentina com os EUA em 3º e a Jugoslávia em 4º. E continuando em “futebolês” Portugal ficou apurado para uma fase final de um Mundial, pela primeira vez em 1966, com os famosos “Magriços”, que nos levaram ao 3º lugar, e nessa fase final no primeiro jogo ao primeiro minuto surgiu o primeiro golo de Portugal (à Hungria 3-1) por José Augusto. Aqui o dia 13 deu sorte. E lembram-se de um excelente árbitro de futebol que disse um dia “desde que vi um porco a andar de bicicleta não fico admirado com nada”? Pois bem era o Vitor Correia que morreu neste dia em 2006. E levando o desporto de enfiada lembro que no ano de 2008 Portugal se sagrou campeão europeu de Rugby de Sevens derrotando, na Alemanha, o País de Gales por 26-12. E aqui o 13 foi sinal de sorte…e talento.
Na música perdeu-se neste dia de 1951 um compositor austríaco Arnold Schoenberg a quem se atribui a iniciação de uma 2ª Escola de Viena. E três anos depois morre a pintora mexicana Frida Khalo, cujo nascimento vos havia anunciado há dias. Mas levando de seguida as mortes também em 2003 “partiu”, em Portugal, um professor e ensaísta, político antifascista (nem todos os antifascistas eram comunistas), que foi um dos fundadores do Partido Popular Monárquico qualidade na qual concorreu nas eleições durante o Estado Novo: HENRIQUE BARRLARO RUAS. Aqui o dia 13 foi azar porque deixamos de ter pessoas válidas.
Em 1958 o Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes “comprou o bilhete de viagem para um exílio de 10 anos” ao escrever uma carta a Salazar a criticar a política anti- operária do regime.
Também foi neste dia de 1973 que o Estado Novo fez o seu “harakiri” ao promulgar o decreto 353/73, que previa que os milicianos fossem integrados no Quadro Permanente das Forças Armadas (explicando isto: um militar de carreira estudava durante anos para ser licenciado em assuntos militares e via, a partir deste decreto, aparecer um militar que não estudou para isso a ter os mesmos direitos só porque tinha cumprido o serviço militar obrigatório). Ninguém gosta disto em qualquer profissão e os militares de carreira não gostaram e com este rastilho (um autêntico incesto) aceso pelo próprio Estado Novo, nove meses depois esta “gravidez” pariu em 25 de Abril de 1974 uma bela “moçoila” baptizada com o nome de Revolução dos Cravos.